O Executivo angolano prevê admitir, todos os anos, oito mil funcionários para o Sector da Saúde, para torná-lo cada vez mais funcional.
Quem o diz é o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que anunciou, sábado, para breve, um concurso público para a admissão de mais profissionais da saúde.
Franco Mufinda, que falava no acto central do Dia Nacional do Trabalhador da Saúde, acrescentou que nos concursos públicos de 2018 e de 2019 foram admitidos 26.090 profissionais, entre os quais 2.945 médicos.
Dados oficiais apontam para a necessidade de cerca de 28 mil médicos, para atingir-se o rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde (um médico para mil habitantes), sendo que o país conta, actualmente, com apenas oito mil.
Franco Mufinda garantiu que todos os anos novos quadros vão ingressar no sector da Saúde, para minimizar as necessidades e responder à demanda.
De acordo com o responsável, os profissionais de saúde são chamados a fazer parte do plano emergencial de formação especial, para treinar e capacitar os técnicos, visando a melhoria da assistência à população, bem como prevenir e controlar as endemias e pandemias.
Em relação à formação de quadros, Franco Mufinda adiantou que o plano emergencial de formação do internato de especialização médica e de enfermagem permite elevar os conhecimentos técnicos e científicos dos quadros do sector, factor que constitui uma prova inequívoca para avaliação dos mesmos.
Adiantou estarem no internato 2.620 na formação pós-médica de enfermagem e 172 parteiras.
Por seu turno, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Paulo Luvualo, apelou à melhoria das condições salariais e de trabalho.
Conforme o responsável, o rácio enfermeiro paciente é insuficiente, tendo em conta a existência de apenas dois enfermeiros por cada mil habitantes.
Para mudar o quadro, é necessário 10 a 12 profissionais de enfermagem por cada mil habitantes.
Paulo Luvualo informou que a ordem controla mais de 56 mil inscritos autorizados para exercer a profissão, sendo que menos de 40 mil trabalham na função pública.
A rede sanitária nacional conta com cerca de 100 mil profissionais, para servirem mais de 30 milhões de habitantes. Com vista a prestar serviços de qualidade e humanizados, o Executivo ergueu, recentemente, hospitais, postos e centros de saúde em Luanda, Lunda-Sul, Bié, Uíge, Moxico, entre outras províncias.
O destaque recai para o Hospital Ngola-Kimbanda, Hospital Dr. Walter Strangway, Hospital Geral e da Maternidade da Lunda-Sul, o Centro de Hemodiálise Sol, os hospitais municipais de Maquela do Zombo e do Quimbele, o Centro de Saúde da Quilemba e oito Centros Ortopédicos de Medicina e Reabilitação Física, de um universo de 11 previstos.
Em curso estão obras de construção e apetrechamento do Hospital Geral de Cabinda, o Hospital Sanatório de Luanda, o Hospital Materno-Infantil da Camama, em Luanda, o Instituto Hematológico Pediátrico de Angola e o Instituto de Medicina Forense, vulgo morgue de Luanda.
O Serviço Nacional de Saúde é constituído por perto de duas mil unidades, das quais se destacam oito hospitais centrais, 32 hospitais provinciais ou gerais, 228 hospitais municipais e centros de saúde e 1.453 postos de saúde.
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